Acabo de ler o livro de José António Saraiva - “Confissões”- e confesso, por um lado, que não me agradou a suposta "roupa suja” que correm por aquelas páginas, por outro lado, acaba por ser curioso tomarmos conhecimento dos enredos da politica portuguesa.
A minha admiração pelo actual director do Sol subiu 200%. Não pela “roupa suja”, cujo autor nega existir no prefácio do seu livro, mas sim pela inteligência e honestidade que passa pelo seu génio.
Na minha humilde opinião, é das pessoas mais influentes e com maior lucidez de, e sobre, Portugal.
A minha admiração pelo actual director do Sol subiu 200%. Não pela “roupa suja”, cujo autor nega existir no prefácio do seu livro, mas sim pela inteligência e honestidade que passa pelo seu génio.
Na minha humilde opinião, é das pessoas mais influentes e com maior lucidez de, e sobre, Portugal.
Deixei de comprar o Expresso, assim que saiu da direcção, mas também não passei a comprar o Sol, quando foi criado mais tarde. Vou comprando esporadicamente.
Ainda não foi capaz de me fazer levantar da cama todos os sábados pela manhãzinha, como fazia enquanto assíduo do Expresso (note-se que dormir é um dos meus passatempos favoritos).
Ainda não foi capaz de me fazer levantar da cama todos os sábados pela manhãzinha, como fazia enquanto assíduo do Expresso (note-se que dormir é um dos meus passatempos favoritos).
Que saudades das reportagens dos padres que jogam á bola, das mentes brilhantes...
Que é feito daqueles abanões que faziam manchete nas primeiras páginas da edição principal, quando dirigia o Expresso, que tanto ansiava para que fosse sábado?
Eram manhãs de adrenalina, aquelas, as do “Saraivismo”, que tremiam o país. Muito gozo me dava assistir às reacções dos principais visados, especialmente quando vinham para a praça pública fazer figuras tristes na tentativa de desmentir o assunto. Logo aí, se podia verificar o carácter de pessoas tão importantes e conhecidas, especialmente aquelas que entram pelas nossas casas adentro, através da televisão, cheias de sorrisos amarelos e categóricos “sloganismos” apregoando que tudo está bem (votem em mim!) e nunca, nunca há razões para alarmismo! …
Uns meses mais tarde, vem-se verificar que de facto esta tudo mal e quem tinha razão era o semanário mais influente do país. O Expresso!
Uns meses mais tarde, vem-se verificar que de facto esta tudo mal e quem tinha razão era o semanário mais influente do país. O Expresso!
Mas não é do Expresso que estou a falar. O seu tempo de liderança já lá vai. Quem mandava (segundo constatei no livro), não teve a sensibilidade de escutar o “Professor Saraiva” - permitam-me esta expressão, pois é assim que o considero no seio da Imprensa Escrita, não como jornalista, mas como figura que muito tem para ensinar - não foi capaz de prever que estaria a abrir mão do profissional mais conhecedor, critico e realista da Imprensa em Portugal.
Falemos do Sol, estava à espera de mais, confesso. Estou para descobrir o motivo porque ainda não me tornei assíduo na compra deste semanário?! Será por não fazer promoções, nem oferecer brindes como refere na capa? Sou jovem, ainda na fase embaída a todo o género propagandístico e indiferente ao objectivo final do próprio jornal, que é aumentar as vendas. O importante é o tipo de brinde que oferecem!
Sei que se trata de uma nova edição, diferente da linha editorial do velho líder. Contudo reconheço o potencial da redacção e estou convicto que, mais dia, menos dia, o Professor adicionará mais uma pitada de sal no tempero! É obvio que uma "cacha" não se colhe assim com tanta facilidade mas estou certo que mal a mostarda chegue ao nariz, terá o Sol como prato! (agora estou a fazer-me ao tacho, confesso!)
Falta algo mais interessante para o completar, falta-lhe... sal!
Na tabu, por exemplo, apenas reconheço a qualidade do papel – mas que raio interessa saber da casa do ex-ministro, Ferreira do Amaral, do local onde lê ou dorme a sesta (?), para isso basta a imprensa “cor-de-rosa”. Cadê (brasileirismo) o jornalismo de investigação?
Sei que se trata de uma nova edição, diferente da linha editorial do velho líder. Contudo reconheço o potencial da redacção e estou convicto que, mais dia, menos dia, o Professor adicionará mais uma pitada de sal no tempero! É obvio que uma "cacha" não se colhe assim com tanta facilidade mas estou certo que mal a mostarda chegue ao nariz, terá o Sol como prato! (agora estou a fazer-me ao tacho, confesso!)
Falta algo mais interessante para o completar, falta-lhe... sal!
Na tabu, por exemplo, apenas reconheço a qualidade do papel – mas que raio interessa saber da casa do ex-ministro, Ferreira do Amaral, do local onde lê ou dorme a sesta (?), para isso basta a imprensa “cor-de-rosa”. Cadê (brasileirismo) o jornalismo de investigação?
Voltando ao livro, estou pasmado - incrédulo até - com o “episódio” que envolve uma das pessoas - recuso a pronunciar o seu nome com medo a represálias - mais bem documentadas, da nossa praça (entre o DN e o Expresso)…
O capítulo onde o autor apresenta o Sol - ainda embrionário - é extremamente educativo. Exemplifica bem os ingredientes necessários para se criar um jornal com potencial. O problema é que, como diz e bem o autor, não existe duas pessoas iguais. Nem todos os jornais podem contar nas suas fileiras com “Professores Saraivas” no leme das suas embarcações! Podem sim, aprender como se faz!
Soberba a análise de Paulo Portas e Marcelo Rebelo de Sousa. Estimuladora a luta pela liderança, com O Independente.
Curiosa a desmistificação de personalidades como Mário Soares, Leonor Beleza, Manuela Ferreira Leite, Marques Mendes, Sócrates, Guterres e C.ª.
Educativa a forma como descreve as politicas adoptadas quer no Expresso como no Sol. Esclarecedor nas razões que o levam a abandonar aquele semanário. Nostálgico no que se refere à camaradagem e às crónicas da “Politica à Portuguesa”. Isento na caracterização da linha editorial.
Aconselho pois a leitura deste livro que muito tem para ensinar e tão bem me soube lobrigar.